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VIVIANE

  • Foto do escritor: saudeemclima
    saudeemclima
  • 5 de nov.
  • 2 min de leitura

Nascida e criada no Alto José do Pinho, Viviane é uma mulher parda, de cabelos cacheados e olhos pretos. Desde cedo, ela gostava de observar a natureza, talvez por isso tenha escolhido estudar Biologia. Aos 23 anos, dividia seus dias entre as aulas da faculdade, os cuidados com o filho pequeno e a rotina da casa. Mas, ultimamente, uma preocupação a consumia: a falta constante de água.


Embora o Brasil concentre aproximadamente 12% de toda a água doce superficial do planeta, desafios como a escassez hídrica e as crises de abastecimento permanecem presentes no cotidiano. (Jacobi et al., 2015)

Na comunidade, essa era uma realidade que muitos conheciam bem. A torneira seca por dias e a incerteza sobre quando o abastecimento voltaria. Para contornar o problema, Viviane encontrou uma solução: colocava baldes no quintal e, sempre que o céu desabava, via a água encher os recipientes. Alívio temporário para as necessidades do dia a dia.

No entanto, algo mudou. Dias depois de começar a armazenar água, Viviane começou a se sentir estranha. Primeiro, veio a febre alta. Depois, a dor no corpo e o cansaço que parecia não ter fim. Os sintomas não deixavam dúvidas: algo estava errado. Foi na Policlínica Barros Lima que ela conseguiu atendimento. A suspeita logo se confirmou: Dengue. O mesmo problema que atingia tantas pessoas na cidade agora a alcançava também. Felizmente, recebeu o tratamento necessário e, com os devidos cuidados, pôde se recuperar.


No Nordeste, os principais focos do mosquito transmissor da dengue têm relação direta com irregularidade das chuvas na região, que leva as famílias a adotar medidas de prevenção à falta d’água para diminuir as dificuldades nos períodos de estiagem. 
Em 2024, o Brasil registrou 6.484.890 casos prováveis de dengue e 6.321 mortes provocadas pela doença. Entendida como doença sensível ao clima, a dengue compõe o quadro de efeitos das mudanças climáticas na saúde.  
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Desde então, Viviane e os moradores do Alto José do Pinho não precisaram mais se preocupar com a falta de água - ela passou a chegar com mais frequência e regularidade. Mas, como lembraram as meninas, ainda havia um desafio pela frente: o mosquito da dengue. Mesmo com as casas limpas e os agentes sempre por perto, o perigo podia voltar “por causa das outras pessoas” que ainda deixavam água parada. Por isso, todos entenderam que cuidar da saúde é algo que precisa ser feito juntos - porque quando um cuida, todos ficam bem.



 
 
 

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